Como a Educação Financeira Pode Aumentar a Adesão a Seguros entre Jovens
São Paulo, 05 de maio de 2025
A procura por seguro de vida entre os jovens brasileiros apresenta um crescimento sem precedentes nos últimos anos. A busca por seguros na faixa etária de 18 a 25 anos mais que dobrou em 2021, com impressionante aumento de 119%. Além disso, a adesão entre a Geração Z (18 a 26 anos) cresceu de 34% em 2022 para 40% em 2023, enquanto entre os Millennials (27 a 42 anos) subiu de 45% para 48% no mesmo período.
Este fenômeno reflete uma mudança significativa na mentalidade dos jovens sobre segurança financeira e planejamento. De fato, 75% dos jovens brasileiros se preocupam com a possibilidade de perder um familiar, e 48% temem pela própria saúde, fatores que explicam porque fazer seguro de vida tem se tornado prioridade para esta geração. A digitalização dos serviços também contribui para esta tendência, com 64% das contratações em 2024 realizadas via mobile banking, simplificando o acesso ao que é seguro de vida e suas vantagens para um público cada vez mais conectado.
Por que os jovens estão mais interessados em seguros?
A mudança no interesse dos jovens por seguros não aconteceu por acaso. Diversos fatores sociais e econômicos criaram um cenário propício para essa nova relação com produtos de proteção financeira.
Em primeiro lugar, a pandemia de COVID-19 alterou profundamente a percepção de vulnerabilidade dessa geração. Entre os brasileiros, 63% declararam estar mais preocupados com sua resiliência física e mental devido à pandemia, número que salta para impressionantes 71% entre jovens adultos de 25 a 34 anos. Além disso, 43% dos entrevistados no Brasil reportaram deterioração da saúde mental nos últimos 12 meses, fator que contribui para a busca por segurança financeira.
A instabilidade econômica também desempenha papel fundamental nessa equação. O mercado segurador tende a se fortalecer durante períodos de crise, pois em momentos de incerteza, os brasileiros percebem com mais clareza a importância do seguro para mitigar riscos. Essa conscientização reflete-se nos dados: 34% dos jovens entrevistados em pesquisa da Liberty Seguros sofreram forte impacto financeiro durante a pandemia.
Outro fator determinante é a entrada precoce no mercado de trabalho. Dados do Censo Escolar do Inep mostram que mais de 2,7 milhões de jovens deixaram a escola em 2021, principalmente por questões econômicas. Considerando que muitos jovens autônomos não possuem vínculo empregatício nem familiares com estrutura financeira, a consciência de serem sua única fonte de renda aumenta a valorização do planejamento financeiro.
A transformação digital das seguradoras também facilitou esse processo. O uso dos canais digitais cresceu 177% segundo a Brasilseg, enquanto a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024 revelou que 64% das contratações de seguros neste ano foram realizadas por mobile banking. Essa digitalização tornou tudo mais acessível para quem acreditava que o processo tinha muita burocracia.
Por fim, o papel das redes sociais é inegável nessa mudança de comportamento. O Brasil é o terceiro país que mais consome redes sociais no mundo, e plataformas como TikTok permitem que informações sobre seguros sejam compartilhadas de forma acessível e direcionada ao público jovem, ajudando a construir confiança com consumidores mais jovens.
Como a educação financeira muda a percepção sobre seguros
A falta de educação financeira representa um desafio significativo para muitos jovens brasileiros. Pesquisas indicam que a maioria das escolas não oferece um currículo completo sobre finanças pessoais básicas, o que leva muitos jovens a chegarem à idade adulta sem uma compreensão adequada sobre como gerenciar seu dinheiro eficientemente.
No entanto, quando adquirem conhecimento financeiro, a percepção dos jovens sobre produtos como seguro de vida muda drasticamente. De fato, 81% dos jovens entre 18 e 25 anos que receberam alguma orientação financeira possuem planos de seguro com coberturas que podem ser utilizadas ainda em vida. Esse dado revela como a educação financeira transforma a visão sobre proteção financeira.
Um conceito fundamental apresentado pela educação financeira é o de "capital humano" – a capacidade de gerar renda através das habilidades profissionais. Quanto mais jovem a pessoa, mais sua saúde financeira e seu patrimônio dependem desse capital humano. Portanto, o seguro de vida se torna essencial por proteger a família contra a perda desse capital decorrente de invalidez ou morte prematura.
Além disso, a educação financeira ensina aos jovens que:
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Os prêmios são mais baixos quando contratados na juventude, pois o risco é menor
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A cobertura pode ser ajustada ao longo da vida conforme as necessidades evoluem
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O seguro pode ser utilizado como ferramenta de planejamento sucessório
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A proteção não se limita apenas a eventos fatais, mas também oferece coberturas para acidentes e doenças graves
A educação financeira contínua tem se mostrado essencial para o sucesso nos investimentos a longo prazo. Por esse motivo, muitos jovens, especialmente da Geração Z e Millennials, demonstram preocupação crescente com sua segurança financeira.
Essa mudança de mentalidade explica porque fazer seguro de vida tem se tornado prioridade para esta geração. Com mais conhecimento, os jovens passam a ver o que é seguro de vida não apenas como um produto para eventos fatais, mas como parte integral de um planejamento financeiro completo que proporciona tranquilidade e permite concentrar-se em construir o futuro com mais confiança.
Tecnologia e acessibilidade como facilitadores
O mundo digital tem transformado radicalmente o mercado de seguros de vida no Brasil. As experiências digitais são essenciais para os consumidores mais jovens, com 79% dos Millennials e da Geração Z acreditando que o seguro deve ser parte integrante do processo de compra de produtos. Essa geração não apenas espera, mas exige facilidade e praticidade.
A digitalização tem sido o caminho principal para democratizar o acesso aos seguros. Conforme dados da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, 64% das contratações de seguros foram realizadas através de mobile banking, seguido pelo internet banking com 44% e caixas eletrônicos com 38%. O uso dos canais digitais cresceu impressionantes 177% segundo a Brasilseg.
A tecnologia quebra barreiras financeiras. Contrariando a percepção de que seguros são caros, o mercado atual oferece opções acessíveis com mensalidades a partir de R$ 3,00. Isso permite que pessoas de diversas faixas de renda tenham acesso à proteção financeira.
A inteligência artificial está redefinindo a experiência do cliente no setor. Seguradoras como a SulAmérica investiram em IA para otimizar o atendimento, utilizando assistentes virtuais que tornam o processo mais ágil. Além disso, 82% dos jovens consumidores preferem fazer compras e adquirir seguros usando seus smartphones.
As empresas têm adotado estratégias específicas para atrair o público jovem:
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Investimentos em marketing diferenciado e tecnologia
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Personalização de produtos conforme necessidades individuais
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Desenvolvimento de aplicativos e plataformas intuitivas
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Criação de serviços complementares como telemedicina e assistência psicológica digital
Na MAPFRE, por exemplo, os esforços se concentram em proporcionar aos clientes jovens apólices adaptadas às suas preocupações específicas. Já a Prudential desenvolveu o Fully, um ecossistema de bem-estar focado na saúde física, mental e financeira.
Essa revolução tecnológica não só facilita a contratação, mas também melhora significativamente a experiência pós-venda. Serviços como processamento automatizado de sinistros e atendimento 24 horas via chatbots inteligentes reduzem burocracias e agilizam processos que tradicionalmente afastavam os jovens do seguro de vida.
Portanto, a tecnologia tem sido fundamental para mostrar aos jovens porque fazer seguro de vida faz sentido em qualquer fase da vida, não apenas para os mais velhos ou em momentos de crise.
Conclusão
Portanto, o crescimento expressivo na adesão a seguros entre jovens brasileiros reflete uma mudança fundamental na percepção sobre segurança financeira. De fato, a combinação entre educação financeira e avanços tecnológicos criou um cenário propício para que produtos tradicionalmente associados a gerações mais velhas ganhem espaço entre o público jovem. A digitalização dos serviços, sem dúvida, eliminou barreiras burocráticas e tornou o processo de contratação mais acessível e intuitivo.
Acima de tudo, a educação financeira emerge como elemento transformador nessa equação. Jovens financeiramente educados compreendem melhor o conceito de capital humano e reconhecem o valor do seguro como ferramenta de planejamento financeiro completo, não apenas como proteção contra eventos fatais. Este conhecimento, aliado às opções acessíveis disponíveis no mercado, desmistifica a ideia de que seguros são produtos caros ou desnecessários na juventude.
A pandemia e a instabilidade econômica também contribuíram significativamente para esta consciência precoce sobre proteção financeira. Dados mostram que experiências adversas levaram muitos jovens a valorizar estratégias preventivas contra riscos futuros.
Além disso, o papel das redes sociais e dos canais digitais na disseminação de informações sobre produtos financeiros não pode ser subestimado. As seguradoras que melhor se adaptarem às necessidades específicas deste público, oferecendo comunicação clara e simplicidade nas transações, conquistarão vantagem competitiva neste mercado em expansão.
Esta nova geração de consumidores de seguros demonstra que, quando adequadamente informados, os jovens brasileiros estão dispostos a investir em sua proteção financeira desde cedo, garantindo não apenas seu futuro, mas contribuindo para um mercado segurador mais diversificado e inovador.
Referências
[1] - https://www.swissre.com/brasil/artigos-publicacoes/covid-19-seu-impacto--visao-consumidores-sobre-saude-seguros.html
[2] - https://proced.fia.com.br/carreiras-em-seguros-conheca-o-mercado-que-continua-em-alta/
[3] - https://www.sonhoseguro.com.br/2023/08/estudo-da-liberty-seguros-revela-que-dos-jovens-estao-financeiramente-preocupados-com-o-futuro/
[4] - https://www.terra.com.br/noticias/cresce-adesao-de-jovens-a-seguros-relatam-empresas,b4ee585ddec9b2e5054af3ae4593c16arvossras.html
[5] - https://segurogaucho.com.br/noticia/view/23331/cresce-a-adesao-de-jovens-a-seguros-de-vida-com-cobertura-para-doencas-graves-aponta-estudo-da-azos
[6] - https://www.insurtalks.com.br/posts/o-potencial-das-midias-sociais-na-criacao-de-oportunidades-para-seguradoras-e-corretores-de-seguros
[7] - https://www.gov.br/investidor/pt-br/penso-logo-invisto/investimentos-a-longo-prazo-como-os-jovens-adultos-podem-se-preparar-para-o-futuro-financeiro
[8] - https://cqcs.com.br/noticia/geracao-z-enxerga-seguro-de-vida-como-pilar-essencial-do-planejamento-financeiro/
[9] - https://www.fundacionmapfre.com.br/noticias/seguros/seguro-de-vida-e-planejamento-financeiro/
[10] - https://www.folhabv.com.br/economia/por-que-ter-um-seguro-de-vida-ainda-jovem-pode-ser-uma-jogada-inteligente/
[11] - https://blog.segurosunimed.com.br/seguro-vida-jovens/
[12] - https://www.mapfre.com.br/para-voce/seguro-vida/artigos/planejamento-financeiro-uma-renda-complementar-protege-seu-futuro-2/
[13] - https://www.insurtech.com.br/seguros/geracao-z-e-millenials-querem-opcoes-de-seguro-incorporado/
[14] - https://www.editoraroncarati.com.br/v2/Artigos-e-Noticias/Artigos-e-Noticias/Cresce-a-adesao-de-jovens-a-seguros-de-vida-com-cobertura-para-doencas-graves-aponta-estudo-da-Azos.html
[15] - https://conhecerseguros.com.br/cresce-procura-de-seguros-de-vida-por-jovens/
[16] - https://revistaapolice.com.br/2024/02/seguro-de-vida-protecao-e-acessivel-e-garante-ampla-gama-de-beneficios/
[17] - https://cqcs.com.br/noticia/seguradoras-investem-em-inteligencia-artificial-e-personalizacao-para-atender-novo-perfil-de-consumidor/
[18] - https://www.mapfre.com/pt-br/actualidade/seguros-pt-br/seguro-jovem/
[19] - https://www.prudential.com.br/imprensa/releases/millennials-buscam-seguro-de-vida-mais-cedo-do-que-a-geracao-x-aponta-prudential-do-brasil
[20] - https://www.chubb.com/br-pt/negocios/recursos/inteligencia-artificial-e-o-setor-de-seguros.html