A Evolução das Práticas de Marketing Digital no Setor de Seguros

O setor de seguros tradicionalmente manteve práticas de marketing convencionais por muitas décadas. Antes das mudanças provocadas pela era digital, as estratégias das seguradoras baseavam-se em métodos físicos e abordagens que hoje podem parecer ultrapassadas, porém eram extremamente eficazes para sua época.

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Durante anos, o mercado de seguros apoiou-se em produtos complexos que se vendiam ao gerar certo temor sobre o futuro. As histórias catastróficas eram a tática que o marketing tradicional utilizava para vender planos de seguro por uma única razão: suscitar uma resposta emocional, o medo. No entanto, as compras impulsionadas pelo receio nem sempre criavam fidelidade de marca, levando as seguradoras a precisarem repensar como criar relações mais profundas com os clientes.

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A comunicação entre seguradoras e clientes era marcada pelo uso de linguagem técnica complexa, frequentemente denominada "segurês", criando uma barreira à compreensão. Conforme apontado por especialistas, explicar termos específicos como "risco" e o que estava incluso na apólice representava um grande desafio para o setor. Essa dificuldade de comunicação contribuía para o distanciamento entre as empresas e os consumidores.

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No modelo tradicional, as corretorias investiam em participação em eventos locais para fortalecer sua rede de contatos, patrocinavam eventos diversos e distribuíam materiais promocionais como calendários, canetas e agendas em escritórios. Além disso, muitas empresas mantinham uniformes padronizados para refletir organização, profissionalismo e credibilidade.

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O marketing antes da revolução digital caracterizava-se pelo foco em interrupção - como as propagandas que interrompiam programas de TV. Ademais, o consumidor era tratado como uma pessoa anônima que a empresa não identificava, com estratégias baseadas no composto de marketing e em eventuais trocas futuras.

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Outro aspecto desafiador do marketing tradicional era a dificuldade em medir resultados. Quando uma seguradora veiculava um comercial na TV, sabia-se que milhões de pessoas o assistiriam, mas era impossível determinar quantas realmente viram a propaganda ou quantas tornaram-se clientes por causa dela. Essa limitação na mensuração de dados dificultava a otimização das estratégias de marketing.

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Com o tempo, surgiria a necessidade de enxergar o marketing como um processo e não como uma função isolada, transformando gradualmente o setor até o advento das grandes mudanças digitais que revolucionariam completamente as tendências do marketing no setor de seguros.